Advocacia 4.0: a era da mediação e práticas colaborativas

Advocacia 4.0: a era da mediação e práticas colaborativas

29 out, 2019 | Conciliação e mediação | 0 Comentários

Com as inúmeras mudanças tecnológicas, diversos setores são constantemente impactados. O que há alguns anos despendia tempo, hoje pode ser feito com um aparelho portátil como um celular, notebook etc. Um dos setores impactados pela onda tecnológica foi o jurídico. Antes, a essência do advogado era brigar pelo direito de seu cliente em uma ação judicial. Hoje, ele desempenha o papel de negociador e deve se aproveitar desta nova realidade para oferecer ao cliente soluções mais rápidas e inovadoras. Este novo conceito é a advocacia 4.0.

Advocacia 4.0 significa agilidade na resolução de conflitos

O termo advocacia 4.0 se refere ao formato de advocacia que vai de encontro à tecnologia. Esse novo cenário exige que o profissional de Direito comece a se posicionar mais como um negociador e mediador. O profissional jurídico que não se adequar à nova realidade tende a “sumir” do mercado de trabalho.

O avanço tecnológico traz consigo soluções muito mais práticas e rápidas para o dia a dia das pessoas. Pelo smartphone, muitos problemas podem ser solucionados rapidamente. Mais do que nunca, as pessoas esperam resolver tudo com maior agilidade e menos burocracia. 

O consumidor que teve um problema com alguma compra, por exemplo, espera conseguir resolver diretamente com a empresa de forma amigável. As organizações, cada vez mais se preocupam em disponibilizar canais de atendimento online e agilizar a resolução de problemas. Quando o cliente não consegue solucionar desta forma, pode recorrer ao Reclame Aqui e consumidor.gov.br, sites que permitem o diálogo entre os consumidores a as empresas para solucionar um conflito. A intenção é que as partes consigam resolver a situação de forma pacífica, rápida e desburocratizada. 

Arbitragem e mediação: a solução ideal neste novo mundo

A arbitragem e mediação surge como as mais ideais e adequadas soluções de conflitos. Por se tratar de métodos extrajudiciais, que não dependem em nada do Poder Judiciário, a resolução se torna muito mais rápida e flexível. As partes envolvidas podem eleger um terceiro neutro e especialista sobre a área e dividir os custos, o que torna o processo muito mais barato do que um julgamento formal. O mediador tem o objetivo de ajudar as partes a encontrarem uma solução em conjunto e, por isso, o resultado final acaba sendo mais justo.

Além disso, a tecnologia também traz novos recursos para o dia a dia do advogado. É possível se comunicar com as partes envolvidas de forma totalmente online, agilizar a assinatura de contratos, envio de processos, busca por informações etc. Todos esses recursos facilitam e agilizam o andamento do processo.

Hoje, já existem startups focadas no desenvolvimento de softwares específicos para a advocacia, como as LawTechs. Estas ferramentas auxiliam na tomada de decisões, reúnem dados de processos e armazenam contratos com total segurança.

Práticas colaborativas

A utilização da arbitragem e mediação fomenta as práticas colaborativas, uma vez que o advogado pode contar com a colaboração de equipes profissionais de outras áreas. Isso significa que, além do cliente poder contratar um profissional jurídico com autoridade no assunto, ainda é possível agregar outros especialistas no processo, se necessário, como psicólogos, assistentes sociais, contadores etc.

Com os constantes avanços tecnológicos, é necessária a urgente atualização do advogado para uma resolução de ações mais humanas e com o melhor atendimento às partes envolvidas. Este profissional deverá usar criatividade para lidar com os novos desafios, para descobrir suas habilidades e para resolver conflitos com maior rapidez e qualidade. Você está preparado?

(Via Migalhas)

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